quarta-feira, 22 de junho de 2011

O PARTO



Minha sogra começou a ficar preocupada e com medo de eu ter o bebê ali mesmo na casa dela de praia e mesmo com ela apavorando o meu marido com essa possibilidade, ele realmente me fez esperar até a costela ficar pronta! Parece piada, mas foi exatamente assim.

Fomos para o hospital por volta das 15 horas, logo após nos fartarmos com a costela. Tomei banho e partimos. Mesmo com as contrações de 15 em 15 minutos, não parecia que tinha chegado o momento. A sensação que eu tinha, é que iríamos chegar ao hospital e eles nos mandariam de volta pra casa.

Chegamos lá e estava cheio o Pronto Atendimento. Fiquei escorada no balcão, pois nem tinha lugar pra sentar. Então tive mais uma contração e mesmo sem emitir nenhum som o atendente se apavorou quando viu que eu estava grávida e chamou correndo uma enfermeira que me colocou numa cadeira de rodas. Fiquei toda assustada! Mesmo eu falando que estava bem, que poderia ir andando, eles não deixaram. O Evandro, meu marido ficou preenchendo a ficha, também todo assustado com o que estava acontecendo.

A enfermeira que me atendeu, disse que eu já estava com dilatação e havia chegado a hora. Nesse momento eu saí completamente do ar. Sempre achei que eu ficaria muito nervosa, com medo, mas nada! Absolutamente nada! Eu não sentia nada! Uma loucura! Parecia que só estava o meu corpo ali e eu havia sido arrebatada!

Pedi pra chamarem o meu marido e contei pra ele que eu teria o nosso bebê dali a alguns minutos. Ele quase caiu pra trás! Tanto eu, como ele, não esperava que fosse naquele dia, afinal sexta passada fui à consulta com o meu obstetra e ele disse que o bebê não estava pronto pra nascer. Então como que 2 dias depois, já estava? Pedi pro Evandro ligar para os fotógrafos que iriam filmar o parto (não deu tempo de eles chegarem a tempo pra filmar) e para alguém ir à nossa casa e buscar a minha mala e do bebê que já estava pronta desde os 7 meses de gestação. Isso mesmo, fazia quase 2 meses que nossas malas já estavam prontas!

Fiquei só com aquela camisola horrível do Hospital deitada numa sala de espera. Ligaram para o meu médico e pediram urgência, pois mais um pouco não seria mais possível fazer a cessaria, eu teria um parto normal. E isso eu não queria de jeito nenhum. A enfermeira até tentou me convencer, pois segundo ela, era só me colocarem no soro e eu teria meu filho de parto normal.

Um pouco antes de o médico chegar, fui levada pra sala de cirurgia pra conversar com o anestesista. A primeira pergunta dele, foi que horas eu havia feito minha última refeição e o que eu havia comido. Quando eu respondi que havia acabado de almoçar costela, ele fez uma cara que me deixou com medo e logo perguntei o “porque”. Ele falou pra eu ficar tranqüila, que daria tudo certo. Por incrível que pareça, eu fiquei tranqüila! Entreguei aquele momento nas mãos do Senhor Jesus e descansei.

O médico chegou e quando ele autorizou a anestesia, foi que eu realmente acreditei que tinha chegado o momento de eu conhecer o meu filho. Não senti nada, só a picada da agulha. Sempre ouvi falar que era horrível a dor dessa anestesia, mas pra mim foi super tranqüilo.

Durante a cirurgia, ocorreu tudo tranquilamente, até o momento que pegaram o Samuel e falaram entre eles, que o bebê estava com o cordão enrolado no pescoço, e logo em seguida ele fez xixi em mim. O médico não deu grandes explicações do que estava acontecendo, foi até meio ríspido quando eu perguntei, mas nas fotos que a enfermeira bateu deu pra ver nitidamente o cordão enrolado no pescoço.

Graças a Deus, deu tudo certo! Logo depois de tudo resolvido, trouxeram o meu bebê pra eu ver... Sempre quando eu imaginava esse momento, eu me emocionava e chorava, mas naquela hora... eu não senti nada! Estranho, muito estranho! Era o meu filho! Saiu de mim! O filho que eu tanto sonhei em ter, desde menina... Que eu chorei pedindo pro Senhor me abençoar com uma gravidez... Ele estava ali, e eu não chorei, não senti nada! Era como se estivessem me mostrando um bebê qualquer, sei lá...

Eles levaram o bebê pra tomar banho e colocar a roupinha e disseram que depois levariam para o quarto. Enquanto o médico terminava de me costurar, eu tentava entender a minha reação e o que eu estava sentindo. Sempre ouvi falar que esse momento era mágico, que era amor à primeira vista e porque comigo não foi assim? Será que existe no mundo, mais alguma mãe que sentiu isso que eu senti? Será que é isso que sentem aquelas mães que abandonam seus filhos em latas de lixo? Será que se eu não tivesse uma família estruturada pra me dar apoio, um marido, uma mãe, um pai, será que eu faria o que essas mulheres fazem e muitas vezes ao lermos essas histórias nos jornais ou quando vemos na TV condenamos? Será que eu estava com o que chamam, depressão pós-parto?

2 comentários:

  1. Primeiro...essa do maridão pedir pra esperar a costela ficar pronta quebrou né?! kkkk
    Enfim, segundo: pq tu não quis parto normal menina? se a própria enfermeira disse que era só ir pro soro e ganhar...eu tntei tanto o parto normal...mas cmg foi o contrário...eu pedia anestesia pra diminuir as dores e eles não podiam me dar...pq eu não dilatava...sofrí sentindo dores e nada...resolví ir pra faca, mto contra a minha vontade...hehehe...

    ResponderExcluir
  2. Bom, em primeiro lugar, penso q o marido não fez por mal esse escolha de primeiro querer provar a tão sonhada costela. ele deve ter pensado que o parto não seria pra aquele dia mesmo.

    homens são assim, pensam que sabem de tudo, e olha que as vezes até arriscam demais como nesse caso. mas, como tu bem sabes, Deus estava no comando de tudo!

    e depois, qdo tu falas em emoção qdo eles colocam o baby do lado da gente, sabes q comigo foi assim tbem? eu não chorei, como achava que iria chorar. claro q amei ver a carinha dele, mas ele era tão diferente do que eu imaginei, que parecia ser outro bebê e não o meu. kkkkkkkkkkkkkkk

    tinha muito, mas muito cabelo, e cabelos negros, olhos escuros e era muito inchadinho, eu estranhei ele eu acho. mas depois do banho qdo me entregaram ele naquele tip top branco, peguei emmeus braços e nao queria mais me largar dele. morria (e morro) de ciúmes!

    kkkkkkkkk coisas de mãe neh!

    ResponderExcluir

Obrigada por comentar em meu Blog!! Beijinhos...